Apresentação
Louvado seja DEUS o Altíssimo e a Paz esteja sobre o Seu Mensageiro Mohamad.
O Centro de Divulgação do Islam para América Latina visa apresentar o Islam uma Religião-Sistema de vida e que não se limita apenas a ritos.
Daí oferecer ais leitores de língua portuguesa este livro que aborda o que os demais chamam de problemática sexual uma vez que o Islam assinalou o caminho de usufruto deste instinto natural sem reprimi-lo através de um plano que salvaguarda a moral.
Dizemos isto sabendo que o mundo moderno enfrenta uma aguda problemática neste campo em face de promiscuidade, a disseminação desenfreada de doenças sexualmente transmissíveis e a desagregação da família.
Este livro mostra a solução islâmica alternativa desta situação e que coaduna com o estado natural do ser humano.
O autor Fathi Yaken é um dos lideres do pensamento e do proseletismo islâmico, no Mundo Islâmico e em especial no Líbano. Iniciou sua pregação desde a década de 50, ocasião em que algumas sociedades foram inundadas por uma onda de promiscuidade e amoralidade devidas ao decréscimo do sentimento religioso em face de fatores diversos.
O centro de Divulgação do Islam para a América Latina oferece este livro aos leitores como prova de sua missão social solicitando a Deus o Altíssimo que venha a ser um guia aos desorientados e aos que procuram a Verdade. Esperamos poder editar mais destes livros que propõem soluções dos vários problemas da vida.
Anwar Abdussalam El–Kabti
Enviado da Liga do Mundo Islâmico
Diretor Executivo do Centro de Divulgação do Islam para América Latina
06 Rajáb 1410 H.
01 Fevereiro 1990 D.C.
Introdução
O agravamento da crise sexual no mundo. E o papel que desempenha na fragmentação das bases e da existência social, demolindo os conceitos morais e de conduta devem ser considerados como resultado da civilização materialista e um índice de falência dessa civilização na criação de uma boa sociedade humana.
Isso também nos leva a apresentar um substituto salvador, porque, se é importante desbaratar a imoralidade presente, é mais importante, ainda, construir uma realidade sã e benéfica. .
Os problemas vividos pela humanidade não podem ser enfrentados meramente com a sua descrição, mas com a apresentação de soluções radicais para eles.
O instinto sexual necessita de uma organização natural, que se encarrega de valorizá-lo e orientá-lo. Uma organização que consiga afastar o homem dele e proteger o individuo e a sociedade de seus perigos e malefícios.
Todas as soluções apresentadas com respeito ao problema sexual não garantem o equilíbrio necessário entre alcançar o prazer e eliminar os malefícios entre a pratica sexual e proteção da moral.
Este livro estudo o método que realiza esse equilíbrio natural.
Peço a Deus que nos beneficie com ele e engrandeça a sua recompensa.
“Deus orienta os crentes para uma senda reta”.
O AUTOR
5 Zul Hijja, 1392.
21 de janeiro, de 1972.
A IMAGINAÇÃO É O GUIA DO COMPORTAMENTO
Todo comportamento e ato do homem provem dos ideais que ele carrega e a crença que ele tem. É difícil encontrar um homem que não tenha uma imaginação especifica sobre o Universo, sobre o homem e sobre a vida.
O homem, que crê nas evidencias cósmica, sabe como foi e para que foi criado, que ele morrerá, será ressuscitado no Dia da Ressurreição para ser recompensado pelo bem que tenha praticado e ser castigado pelo mal que tenha cometido. Seu comportamento harmoniza-se com sua imaginação.
O ateu, que nega a existência de Deus, descrê na ressurreição, que considera a vida como matéria, seu comportamento combinara, sem duvida, como sua imaginação e com o sistema e comportamento que se originam disso.
Até o indeciso entre este ou aquele, seu comportamento na vida esta de acordo com sua indecisão e desvio. Uma vez esta com estes outras com aqueles, sem apegar a um só método.
CORRIGIR A IMGINACAO É A BASE
Por isso toda correção ou mudança na realidade da vida humana não se baseia num pensamento confuso. O homem é guiado primeiro pelo seu pensamento, mesmo que não negue o vestígio de seus instintos. Esses mesmo instintos são satisfeitos e agem de acordo com o pensamento que o homem carrega.
O comportamento do homem na vida é na realidade a reflexão de seus entendimentos e pensamentos, e não o contrario, como alega a filosofia materialista que considera a idéia como filha da matéria e do comportamento e que a matéria é quem a produz.
Engels diz: “O mundo material que a nossa sensibilidade alcança e que nós próprios pertencemos a ele é a única realidade. Nossa inteligência e nosso pensamento, por mais sublimes que pareçam, não são mais que o resultado de um membro material, físico, que é o cérebro. A matéria não é produto da mente, mais a própria mente não passa de resultado da matéria superior.”
Por isso, o Islam, desde o inicio, quando estava envolvido na transformação da sociedade, de uma sociedade de ignorância numa sociedade islâmica, baseava-se na analise de sua compreensões religiosas a respeito do Universo, do Homem e da vida, e na qualidade do pensamento e da visão do homem, para construir e, por seus intermédios, compreender essa crença e adotá-la profunda e genuinamente.
Diz Deus , no Alcorão Sagrado: “ Que o homem considere, pois, de que foi criado! Foi criado de uma gota ejaculada, que emana dentre a virilha e as costelas.” “Na criação dos céus e da terra, na alternação do dia e da noite; nos navios que singram o mar para o beneficio do homem; na água que Deus envia do céu, com a qual vivifica a terra, depois de haver sido árida e onde disseminou toda a espécie animal; na mudança dos ventos ; nas nuvens submetidas entre o céu e a terra, há sinais para o sensatos.”
Estes e muitos outros versículos do Alcorão mostram o método islâmico na formação dos membros e dos grupos e na construção dos povos e das sociedades.
É o método que se inicia com a formação do pensamento e termina com a formação da realidade em todos os assuntos e situações.
Em vão tentam as tendências materialistas e os sistemas positivos corrigis a realidade humana através das formas matérias. Deus diz: “Deus jamais mudara as condições que concedeu a um povo, a menos que mudem o que tem em seus íntimos.”
A REVOLUÇÃO SEXUAL
- CAUSAS E EFEITOS
A conversa sobre sexo, hoje, não esta mais restrita a circulo teórico (absoluto), ou aos limites das ideais ao circulo teórico (clássicas). O mundo que vive hoje uma revolução sexual opressiva que ultrapassou todos os limites e restrições tornou o problema como o mais saliente e o mais perigoso para toda a existência humana.
Jorge Balushi Horvet, em seu livro: ”A Revolução Sexual” diz: “agora que as nossas mentes conseguiram dominar o medo nuclear e a existência do estrôncio 90 em nossos ossos e os ossos de nossos filhos, o mundo abunda de elementos humanos preocupantes devido à importância crescente que o sexo ganha em nossa vida cotidiana. O perigo é sentido. Pois a onda de nudez e os ataques do sexo são ininterruptos. As pessoas se ocupariam apenas com a incrível forca que a necessidade sexual pode alcançar, se não houvesse o temor do inferno, das doenças venérias, e da gravidez, na sua opinião, toneladas de bombas sexuais explodem diariamente e deixam marcas alarmantes que, não só transformam nossas crianças em monstros imorais, mais degeneram sociedades em seu todo”.
James Ruston escreveu no New York Times:
“O perigo da energia sexual, afinal, é maior do que o perigo na energia nuclear”.
O historiador Arnold Tonybee chama a atenção de que o domínio do sexo pode acarretar o desmoronamento das civilizações.
Isso foi afirmado pelo Islam, pois o Profeta disse:
“Toda vez que a concupiscência proliferar num povo, Deus o assolará com a aflição”.
A Europa, a América e outros países do mundo testemunham, há anos, uma loucura sexual, quer seja no campo dos cosméticos, quer no mundo dos livros e dos filmes. O sexo causa problemas à maior parte dos membros da sociedade humana. Sua prática tornou-se o objetivo vital e a principal esperança de muitas pessoas.
O sexo não é mais aquela relação sensitiva entre casais, ou entre ate duas pessoas que não estão legalmente casados; tornou-se um vasto mundo, com todo tipo de arte e de meios de excitações.
O sexo tornou-se como alimento, com seus diferentes temperos, aperitivos e cores, sem se submeter a gostos temperamentos ou bases, alem de sua liberação dos costumes e das tradições.
Na realidade, é impossível andar em qualquer cidade grande, sem se sujeitar aos ataques sexuais: anúncios de todos os tamanhos, revistas e capas fotográficas, filmes, fotografias expostas nas portas dos clubes noturnos, milhares de jovens usando roupas que havia pouco tempos atrás eram consideradas indecorosas.
O homossexualismo, as relações sexuais coletivas, o casamento, os clubes de strip e as garconieres, os stéreos e os clubes de nudismo, as revistas, os filmes e as fotos de pornografia, tudo isso tornou-se a distinção da sociedade humana em todo os cantos do mundo.
Essa revolução sexual, que se iniciou há alguns anos, foi fruto de certos tipos de situações e de valores tradicionais, morais e intelectuais.
Esse fenômeno foi fruto do acaso, Mas é o resultado da realidade; fruto de uma arvore que se alimentou e se desenvolveu dessa realidade.
O resultado era esperado desde o primeiro instante em que o pensamento materialista começou a destruir a existência humana; desde o instante em que houve ruptura entre o ser humano e as verdades incognoscíveis; desde o instante em que o homem negou a existência de Deus e em seguida a existência dos controles morais para sua vida, e os castigos divinos pelos seus atos.
Desde aquele instante o homem tornou-se um animal, vivendo por seus instintos e seus ímpetos. As propensões benéficas desapareceram dele e surgiram as maléficas. Suas concupiscências tornaram-se suas principais preocupações e o mundo o objetivo de seu conhecimento.
“São como as bestas, quiçá pior ainda!”
A ausência do pensamento religioso do mundo humano, o ateísmo, a hegemonia das leis, dos sistemas e dos códigos extraídos das teorias materialistas foram o agente principal do desvio da marca da caravana humana da senda reta, e o seu ingresso nos labirintos da perdição e dos desvios.
A principal responsabilidade recai sobre essas tendências e filosofias materialistas que oferecem a toda humanidade justificativas para a transgressão e para a perversão.
O Manifesto Comunista diz:
“Os comunistas não precisam introduzir a comunidade das mulheres. Esta quase sempre existiu. Nossos burgueses, não satisfeitos em ter à sua disposição as mulheres e as filhas dos proletários, sem falar da prostituição oficial, tem singular prazer em cornearem-se uns aos outros. O casamento burguês é, na realidade, a comunidade das mulheres casas. No Maximo, poderias acusar os comunistas de querer substituir uma comunidade de mulheres, hipócrita e dissimulada, por outra que seria franca e oficial.”
O homem formado de propensões materiais e espirituais, que tem necessidades físicas e morais, não pode desfrutar da tranqüilidade enquanto não satisfazer suas necessidades inatas. O homem do século XX arqueja atrás da satisfação de seus instintos, sem conseguir o seu intento. Ele se excede nisso em vão, por ter negligenciado a parte fundamental de sua formação. Negligenciou a si próprio e à sua alma.
As tendências materialistas falharam basicamente em conseguir a tranqüilidade e a estabilidade do homem. A civilização moderna com seus inúmeros alcances científicos e técnicos, não conseguiu preencher a lacuna e a fome moral na vida do ser humano. Essas tendências materialistas, de fato, surgiram, na maioria das vezes, devido à tensão e ao colapso nervoso, à proliferação das doenças psicológicas, testemunhadas em grande numero pelas clinicas psicológicas em todas as partes do mundo.
Marlyn Monroe era uma das mais belas mulheres do século XX. O nível que ela alcançou, como símbolo sexual, nenhuma outra mulher conseguiu alcançar. Num dia de verão do ano de 1962, devido a uma causa qualquer, percebeu que esse símbolo estava em decadência que sua beleza seria sacrificada e desaparecera, que essa paixão se enfraquecerá e morrerá. Então, ela ingeriu uma quantidade de pílulas para dormir, colocando fim a sua vida infeliz.
O que aconteceu com Marlyn Monroe aconteceu com Jean Harlow, à esposa do marquês italiano, e a centenas de milhares de vitimas do sexo, que tombaram assassinados ou em suicídio, aqui e acolá.
E abril de 1964 houve na Suécia um grande alvoroço quando 140 médicos famosos enviaram ao Rei e ao Parlamento um documento pedindo providencias urgentes contra a anarquia sexual que estava ameaçando de fato a vida e a saúde da nação. Os médicos pediam medidas contra a dissolução sexual.
Em maior de 1964, mais de duas mil inglesas fizeram uma manifestação para o saneamento dos programas das rádios e televisões da lama em que estavam atolados. Na primeira reunião que fizeram, um dos locutores disse: “ Há no exterior pessoas que gostariam que a moral moderna destruísse a tradição moral em nosso país!”
Até na China comunista, os seguidores de Mão Tse Tung sentem que devem promover uma campanha contra o amor sensorial insocial. A união Soviética, Polônia, e a Alemanha Ocidental vêem a necessidade de analisarem novamente os assuntos sexuais e morais individuais.
Em 1962 o Presidente Kennedy declarou que o futuro da América corria perigo, porque seus jovens eram débeis, atolados na concupiscência, sem responsabilidade; que de cada sete rapazes que se apresentavam para o alistamento militar, seis eram inaptos, porque as paixões em que se afundaram depravou suas aptidões médicas psicológicas.
Tais protestos que começaram ultimamente contra as perigosas transgressões sexuais em que todas as sociedades mundiais estão envolvidas, não conseguiram alcançar um ponto em que pudessem iniciar a reforma, porque só aconteceram como reações passageiras, sem fundamentos religiosos e morais.
A reforma da realidade social e moral não se efetua com meras desaprovações ao mal, mas com a reforma da sociedade e a sua reconstrução total de acordo com um sistema moral organizado.
Se a moral, os valores e os bons costumes só se formam com bases religiosas, então a honradez do equilíbrio moral no mundo se torna impossível, enquanto os pensamentos existentes e os sistemas governantes são pensamentos e sistemas materialista e não morais, completamente contrários aos pensamentos e sistemas religiosos.
A MORAL E O SEXO
A moral, na opinião dos materialistas, tem interpretações estranhas que não se coadunam com o conhecimento das pessoas e com os ensinamentos religiosos e até com os sentimentos e os gostos naturais.
Não queremos falar aqui de moral do lado tradicional conhecido, mas do lado que está ligado ao sexo, tema desse livro.
Todas as tendências materialistas consideram o sexo um ato biológico, sem ter relação com a moral, da mesma forma que considera que a política não tem relação com a moral.
Drakaim diz:
“Os moralistas consideram as obrigações do individuo para consigo mesmo como base moral. O mesmo no que diz respeito à religião. As pessoas acham que ele é fruto das concepções excitadas pelas grandes forças da natureza, ou por algumas pessoas escolhidas (os profetas). Mas é impossível a adoção desse método nos fenômenos sociais, a não ser que queiramos destorcer a natureza”.
Freud diz:
“O homem não consegue se realizar sem se satisfazer sexualmente. Todo e qualquer restrição religiosa, moral, social ou tradicional é danosa, e destrói o potencial humano e é uma repressão ilegal.”
Desde o dia em que a Europa trocou a religião pela filosofia, separando a religião da vida, dando a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, começou a deturpação do sentido moral perante as pessoas. Com a perda dos controles religiosos sobre a moral, o seu sentido ficou sujeito à varias interpretações e compreensões humanas.
Tudo isso gerou gradativa e espontaneamente um valor material para a moral, que a desproveu, paulatinamente, de suas evidencia originais. Esse foi, sem duvida, o resultado de sua separação da religião, o esforço natural que a renova e lhe fornece as dádivas beneficentes e os efeitos louváveis.
Mohamad Qutb diz:
“A moral não é algo separado da realidade. Não são teorias independentes para serem discutidas em torres de marfim. Não possue regras alem das regras da vida real. É impossível que a depravação moral coexista com a retidão na vida real das pessoas. Há uma coisa, porém: a depravação moral significa depravação na realidade da vida porque são regras gerais tiradas da existência e da natureza humana.”
O resultado da liberação total dos instintos do sexo é a destruição moral, a eliminação das virtudes, o desmoronamento dos povos e das nações. Este é o objetivo do movimento sionista que age para arruinar todos os povos, menos o judaico, por intermédio do sexo.
Os Protocolos dos Sábios de Sião dizem:
“Devemos agir no sentido de acabar com a moral em todos os lugares. Isso facilitará o nosso domínio. Freud é dos nossos e ele continuará a expor as relações sexuais até que não sobre na opinião dos jovens algo sagrado, e sua preocupação é satisfazer seus instintos sexuais, causando seu colapso sexual.”
E diz:
“Reparai no êxito que soubemos criar para o Darvinismo, o Marxismo e o Nietzehismo. Pelo menos para nós, a influência deletéria dessas tendências deve ser evidente.”
A FILOSOFIA MORAL NO ISLAM
A filosofia moral no Islam é baseada na adaptação da conjugação de todos os instintos, e na organização das relações e comportamentos humanos de acordo com a concepção da crença islâmica e com a organização que emana dessa concepção.
É a estrutura que assenta todos os assuntos da vida social, econômicos e políticos, individuais e coletivos, de acordo com bases morais, para que a sua adoção e seus resultantes sejam morais.
O moralismo no método islâmico não é um sistema particular ou um conjunto de instruções e exemplos independentes do corpo desse método e suas partes. Mas são dádivas benéficas, alma gentil, proporcional e coesa em todas as partes do método islâmico.
Se a organização política no Islam se baseia em princípios morais, em primeiro lugar deve-se conjugar esses instintos de acordo com tais princípios, em conformidade com o moralismo em todos os atos do homem , ideológicos ou profissionais, econômicos ou sociais, políticos ou militares.
Quando o Islam impõe certas restrições morais ao instinto, o faz à luz de sua avaliação à natureza humana e à natureza de suas necessidades orgânicas e psicológicas, à natureza de suas necessidades espirituais e físicas, da mesma forma que faz em relação a seus outros instintos.
Aqui está o segredo da singularidade do método islâmico em relação aos outros métodos positivos, e da sua capacidade em organizar a vida humana acuradamente, garantindo-lhe sua hombridade, evitando-lhe as transgressões, os extremismos e as perversões.
A TEORIA SEXUAL NO ISLAM
O Islam olha para o homem no todo: corpo,mente e espírito. Olha-o através de sua formação inata. Então ele organiza sua vida e trata de acordo com essa visão.
O Islam não olha para o homem apensa como matéria, que não ultrapassa sua estrutura e suas necessidades instintas, como é o caso dos sistemas materialistas, ao mesmo tempo em que não o priva de seus direito físicos e necessidades orgânicas.
O Islam não é epicurista no que diz respeito aos instintos e apetites, sem organização ou condicionamento. Ele também não é estóico, quanto o obrigatoriedade das distinções e a eliminação da sensibilidade do homem.
O professor Mohamad Qutb diz em seu livro “O Sistema de Educação Islâmica”.
“O Islam crê, devido ao seu humano, no que é captado pelos sentidos e no que esta fora do alcance dos sentido. Crê ma sua existência material tangível; que ele tem um punhado de pó da terra. Crê nas necessidades desse ser tangível e crê na suas potencialidades. Ele reconhece completamente esse ser sem negligenciar algo de seu valor nem desperdiçar algo de sua potencia.”
“ Ele atende às suas necessidade, pondo à sua disposição o alimento, as vestimentas, a moradia, o sexo e o seu quinhão de frutos. Ele oferece suas potencialidades para construir a terra, preparar as organizações e edificar as civilizações.
Ao mesmo tempo, crê na existência espiritual do homem , crê que ele possui um sopro do Espírito de Deus e crê nas necessidades dessa existência espiritual e nas suas potencialidades. Ele lhe fornece a fé, o exemplo, a elevação e coloca suas potencialidades na reforma da alma e dos males da sociedade, na instituição da verdade e da justiça eternos, com o intuito de ligá-la a Deus.
Quando qualquer crença ou organização revela que não há alma ou não há Divindade, e que a realidade material é a única verdade, e que a produção material e a ordem econômica abrangem toda a vida humana, então, os lados espirituais, ideológicos e intuitivos do homem são reprimidos temporariamente. Eles murcham e se atrofiam, e ficam sem força para a ação. Mas não ficam assim eternamente, senão pereceriam os povos, como aconteceu a alguns povos no decorrer da historia.
Tudo de mal que acontece na vida, toda preocupação impaciência ou atribualção, toda imoralidade, destruição e novidades, são frutos do desequilibro no intimo das pessoas, e na própria realidade da vida.
Quando o homem é dominado por algum de seus desejos, quer seja material, sexual, energético, ou autoritário, isso realmente, mesmo que lhe pereça no inicio que esta deveras feliz, na realidade, esta sempre infeliz, porque está sempre preocupado com o que tem e sempre desejando mais. É também desequilíbrio na realidade da vida. Todo e qualquer desejo acima dos limites, não prejudica apenas o seu autor, mas atinge a outro no caminho.”
Na esfera dessa concepção da natureza humana; devido às suas necessidades inatas, devido à realização do equilíbrio na satisfação psicológica e sensorial, o Islam considera o instinto sexual uma das forcas inatas na estrutura do homem e que deve ser conjugada e utilizada no ambiente que lhe é delimitado. Seu caso é igual a todos os outros instintos.
A extração dessa energia do corpo do homem é necessária da mesma forma que a sua conservação é danosa e desnatural. Essa extração, porem, é condicional à sua utilização e a realização de seus intentos humanos.
A natureza fez a extração dessa energia um prazer, porem, não fez do prazer o objetivo dessa extração incitante.
Dentre os objetivos que devem ser realizados no esvaziamento da carga sexual na vida humana há:
1 – O estreitamento dos laços de amor e piedade. È o que diz o versículo do Alcorão:
“Entre Seus sinais está o de haver-vos criado companheiras da vossa mesma espécie para que com elas convivais; e vos vinculou pelo amor e pela piedade”.
2 – A constituição da família, a fonte da tranqüilidade e da estabilidade, a formadora das gerações e dos povos, e a instituidora da responsabilidade. O homem é pastor em seu lar e é responsável por seu rebanho; a mulher é pastora em seu lar e é responsável pelo seu rebanho; ambos são pastores dentro da sociedade e são responsáveis pelo seu rebanho. Eles procuram o bem para ela e proporcionam-lhe a felicidade. “Ó senhor nosso, faze com que nossas esposas e nossa prole sejam nosso consolo e designa-nos imames dos devotos!”
3 – A conservação da espécie, a proliferação da prole e a edificação da vida. Essa natureza do Universo com que Deus criou o homem.
4 – A realização dos dois benefícios: o sensorial e o moral oriundos do esvaziamento da carga sexual.
Este é o ponto de vista do Islam a respeito do sexo: O ponto que se apóia na precaução detalhada quanto à natureza humana e quanto à natureza de suas particularidades orgânicas e morais; quanto aos resultados que deles provem e dos objetivos intencionados.
“Criamos o homem na mais perfeita proporção, então o reduziremos à mais baixa das escalas, salvo os crentes que praticam o bem; estes terão uma recompensa infalível.”
O MÉTODO NATURAL PARA A SATISFAÇÃO SEXUAL
Do que já vimos, deduzimos que o Islam reconhece a existência da potencia sexual no ser humano, como reconhece suas outras potencialidades e seus outros instintos inatos. Como o Islam é a religião inata, ele estipulou o sistema natural para regulamentar a satisfação deste instinto.
De um lado, não lhe soltou as rédeas, como é o caso das instituições materialistas, nem o reprime, como é o caso dos eremitas e sofistas extremistas. Sua posição é o de facilitar a sua satisfação, alcançando os objetivos humanos que disso resultam, garantindo a salvaguarda da sociedade dos malefícios resultantes das satisfações desenfreadas e depravadas.
O casamento é o caminho
Por isso, o casamento no Islam é o único caminho moral, que conduz à satisfação sexual do individuo, sem causar danos à sociedade. È o oásis natural que une o homem à mulher, dando-lhe a tranqüilidade moral e sentimental. É a obrigação sagrada que geram e fazem crescer os outros laços sociais.
O Islam considera o homem como herdeiro da terra, para edificá-la, proliferar a orientação e os benefícios nela, coibir o mal e banir a miséria dela. Que todas as suas forcas, instintos, pensamentos, sentimentos, devem caminhar nessa direção: “Dize: Minhas orações, minhas devoções, minha vida e minha morte pertencem a Deus, Senhor do Universo.”
O Islam considera o homem na vida como uma experiência e prova. Que ele será ressuscitado para receber a recompensa na outra vida: “Pensais, por ventura, que vos criamos por diversão e que jamais sereis retornados a Nós?”
O homem, na opinião do Islam, é responsável por si, responsável por seu corpo, responsável pelos seus instintos e pelos seus órgãos, responsável pela sua pessoa e pela comunidade que ele faz parte: “ Do teu ouvido, da tua vista, e de teu coração, de tudo isto será responsável!”
A verdadeira servidão do homem para com Deus só se realiza com a submissão total a Ele; com a submissão total de seus pensamentos, seus sentimentos e seus instintos ao método que Deus instituiu, tornando-o a religião inata, a religião e o sistema da humanidade desde o dia em que disse: “Hoje tenho aperfeiçoada a religião para vos; tenho-vos agraciado generosamente e aponto o Islam por religião.”
O Islam preocupa-se na formação do homem que não considera as satisfações matérias como objetivo em si, o que quer que sejam; mas considera-as como meios para o alcance de nobres resultados humanos.
À luz dessa nobre opinião todos os comportamentos do homem, mesmo os mais simples, se tornam partes organizadas por um só laço e têm o mesmo objetivo: Seguir a natureza em que Deus criou o homem.
O sentido principal do casamento
O casamento, na realidade, significa uma coisa que se distingue na pratica e outra que se distingue pela aceitação e reação. Uma irá fluir e outra será influenciada, nessa reside o laço e naquela o acordo; e a ação e reação, o influir e ser influenciado, o laço e acordo entre as duas coisas é a relação matrimonial entre ambos. Esse relacionamento é a base da formação das coisas no mundo; e de acordo com essa formação se desenvolve a organização do Universo. Tudo neste Universo foi criado em casais na sua espécie, cada casal se liga, quanto ao principio e a origem, com esse relacionamento matrimonial, onde um será a ação e outro a reação.
O Professor Mohamad Qutb, em seu livro: “O homem Entre o Materialismo e o Islam”, diz:
“O Islam acha que a existência do relacionamento entre o homem e a mulher algo natural que deve acontecer. Ele reconhece que Deus colocou no coração de cada um o amor para com o outro. Mas Ele os lembra que devem se relacionar com o objetivo de conservar a espécie. Essa é uma verdade indiscutível. O Alcorão diz: “Vossas mulheres são vossas semeaduras”, limitando, com isso, o objetivo desse relacionamento entre os dois sexos.
Talvez alguém pergunte: Se o objetivo da vida quanto a esse desejo se realiza, quer o individuo seja ponderado ou exagerado, qual é a diferença, então, entre este e aquele?
A verdade, porem, é que há uma diferença enorme entre os dois pontos de vista na realidade dos sentimentos. Quando o homem crê que o ato do instinto possue um objetivo mais sublime que ele, e não é o próprio objetivo, a autoridade do desejo diminui em seus sentimentos, não toma a figura que castiga o sentido mais do que lhe proporciona prazer, Isso não significa que diminui seu prazer físico, mas, na realidade, coíbe o exagero que não pára num limite seguro.
No seio da família e do matrimonio o Islam permite que a potencia sexual se desenvolva racional e naturalmente. Porém não permite que seja praticada na rua, intima ou publicamente, tendo pela frente o quadro estarecedor dos povos que deixam seus membros praticarem obscenidades, sem os coibir e evitar a sua desmoralização.
O Dr. Fritz Kahn diz que o casamento é o verdadeiro caminho para o alivio da potencia sexual. É a única solução radical para o problema sexual. Em seu livro, “A Nossa Vida Sexual”, ele diz: “Os seres humanos, no passado, casavam-se cedo. Essa era a verdadeira solução do problema sexual. Hoje, porem, a idade de casamento passou a se atrasar e há ate pessoas que não se preocupam em trocar as alianças do noivado por varias vezes. Os governos que conseguirem estipular códigos que facilitem o casamento precoce, serão agradecidos, porque adotam, com isso, a melhor solução para o problema sexual de nossa época.”
O Islam incentiva o casamento
Uma vez que o Islam considera o casamento como o caminho natural que faz à potência sexual atingir o seu objetivo humano além de proporcionar o seu prazer, ele incentiva e facilita a sua realização.
Até que a oportunidade de casamento surja para os jovens, o Islam pede-lhes que sejam castos. É um remédio aceito e natural numa sociedade limpa, desprovida de excitamentos, sociedade que não torna o homem um alvo do bombardeamento erótico destruidor, como é visto hoje em todas as sociedades humanas. O Profeta diz: “Ó jovens, quem de voz puder, que case, pois isto protege a moral e evita a cobiça. Aquele que não puder casar deve jejuar, por isso é melhor para ele.”
E diz: “Se o servo casar ele completa a metade de sua religião. A outra metade consiste em temer a Deus.”
E diz ainda: Três pessoa que Deus deve auxiliar: O que combate pela causa de Deus, o escravo que pede a sua libertação e aquele que casa por virtuosidade.”
E disse mais: “Aquele que puder casar e não o fez não é dos meus.”
Anas Ibn Málek narra: “Um grupo foi às casas das esposas do Profeta para perguntarem sobre o modo do Profeta adorar a Deus. Quando foram informados a respeito, disseram: Onde estamos em relação ao Profeta, uma vez que Deus perdoou-lhe todos os pecados passados e futuros? Um deles disse: Eu jejuarei para sempre! Outro dia disse: Não me aproximarei das mulher e não me casarei nunca! Quando o profeta chegou, perguntou-lhes: Fostes vós que afirmastes tal e tal coisa? Sabei que sou quem mais teme a Deus, quem mais O respeita; mas eu jejuo e quebro o jejum, oro e descanso, e caso com as mulheres. Aquele que se afastar da minha tradição não é dos meus.”
Poligamia, uma saída segura
Quando o Islam estipula uma norma para aliviar a potência sexual, ele considera o assunto em todos os seus ângulos. Observa que há diferenças na potencia sexual entre as pessoas. Por isso, ele estipula normas e saídas para a satisfação sexual de acordo com a lei.
A regulamentação da poligamia no Islam resolve uma série de problemas. É o melhor método para satisfazer a fome sexual dos que não se satisfazem com uma só esposa. É preferível para essas pessoas e para a sociedade em que vivem que tenham várias esposas do que tenham várias amantes.
O Professor Youssef Al Kardawi, em seu livro: “O licito e o Ilícito no Islam”, diz:
“O Islam é a palavra derradeira de Deus, com a qual selou as mensagens divinas. Por isso, instituiu uma lei geral, eterna que abrange todos os lugares, todas as épocas e toda a humanidade.
Ela serve tanto para o homem da cidade como para o nômade, tanto para as regiões frias como para as quentes, tanto para uma época como para outra. Ela reconhece as necessidades e os interesses das pessoas e das sociedades. Há entre as pessoas aquelas que desejam muita prole, mas casaram com esposas estéreis, ou são doentes ou tem um outro problema. Não seria melhor e mais honroso para esposa que seu marido casse com outra que pudesse satisfazer os seus desejos, permanecendo ela como esposa, com seus direitos garantidos?
Há homens de instinto forte, mas casaram com esposas de pouco instinto, por doença ou pelo prolongamento do período de menstruação, etc., e o marido não consegue restringir o seu desejo sexual. Não se deveria permitir-lhe casar com outra mulher ao invés de procurar uma amante?
A poligamia islâmica é criticada pelo ocidente cristão enquanto permite ao homem ter varias amantes, sem nenhum conta, sem responsabilidade civil ou moral para com a mulher ou a prole que porventura possa surgir desse relacionamento irreligioso e dessa pluridade imoral extra marital. Qual das duas partes é melhor?”
É provado que a traição matrimonial nos países monôgomos cresce assustadoramente. As estatísticas oficiais publicadas demonstram que os casos de adultério na França duplicam a cada ano.
As relações sentimentais entre os casais
O Islam, como sistema de vida, não negligenciou mesmo os pormenores e os detalhes do comportamento humano, particular e geral, para que se coadune com as bases dogmáticas e morais para a realização e o aprofundamento das quais ele veio.
Por isso, vemos que o Islam estipulou para as relações sexuais a orientação e a organização necessária.
Ele sabe que a relação sexual, ao mesmo tempo em que é típica, realizadora do objetivo inato, deve estar em harmonia com o ato e com a correspondência, proporcionando o prazer e união sentimental e psicológica entre o casal.
A preparação psicológica e sentimental é o melhor método para que o casal alcance a satisfação desejada. Que ligação é essa? Respondeu: A anuência e a conversa!
O profeta diz, ainda: “Três coisas que o homem não deve fazer: 1 – Que se encontre com quem deseja conhecer e se separe dela sem saber-lhe o nome e a família; 2 – Que a pessoa devolva o presente que lhe foi dado; 3 – Que o homem tenha relações com sua esposa sem antes conversar com ela e entretê-la.”
A respeito desse assunto, Alghazali, em seu livro “A Vivificação dos Ensinamentos Religiosos” , diz:
“Se o homem chegar ao orgasmo, deve demorar até que sua esposa o consiga. Pode ser que ela demore de o conseguir, então ele deve excitá-la; negligenciá-la será prejudicial a ela. Chega ao orgasmo em tempos diferentes causa aversão. Chegar a ele juntos é mais prazeroso para ela.”
A união psicológica e sentimental que o Islam se preocupa em realizar com o casal durante o ato sexual tem muitos benefícios, familiares aos psicólogos e sexólogos. É suficiente que ela satisfaça inteiramente a ambos fortalecendo os laços de amor e a afeição entre os dois.
Muitos estudos sexuais modernos dizem que a traição, a indisposição e os problemas que atingem a vida matrimonial são causados, na maioria das vezes, pela falta de homogeneidade sexual e psicológica entre o casal, e a sua incapacidade de alcançar o grau de união.
A santidade das relações matrimoniais
Se o Islam se preocupada em alcançar a perfeição nas relações sexuais entre os casais, ele se preocupa também em cercar estas relações com uma aurela de santidade e segredo, para proteger a hombridade e a moral do individuo e da sociedade, quanto aos perigos e os malefícios da divulgação que subvertem as virtudes humanas.
Por isso, o Islam previne os casais contra a pratica de sexo publicamente, ou torná-lo o assunto de suas conversas. O profeta disse:
“A pior das pessoas no Dia da Ressurreição é o homem que tem relação com a mulher e então divulga o seu segredo.”
Abi Huraira narra: “O Profeta nos perguntou uma vez: Há entre vós, acaso, aquele que tem relação com a sua esposa e depois sai comentando a sua pratica? Ninguém respondeu. Ele, então, foi ter com as mulheres e fê-las a mesma pergunta. Uma moça ajoelho-se e disse: Sim, eles comentam e elas comentam! Então, o profeta disse: Sabei com quem parece aquele que assim procede? Parece-se com um casal que se encontra na rua e pratica a relação sexual, com as pessoas assistindo.”
O Islam e a degeneração sexual
Dentre os vestígios da perfeição do sistema islâmico está o tratamento radical aos problemas do individuo e da sociedade, quer seja por intermédio da educação, da ameaça, do incentivo ou do castigo.
O Islam estipula suas leis à luz de seu conhecimento profundo da natureza do homem e sua potencialidade, do conhecimento de sentimentos de benfeitoria e maldade inata nele, apresentando o que o beneficia e o que é danoso a ele, o que lhe proporciona infelicidade.
Ele não os deixa a esmo. Sempre os conduz para a senda do Poderoso, Prudentíssimo. Estimula-os à prática do bem e da virtude. Admoesta-os das conseqüências de se seguir as concupiscências a trilhar a senha dos descrentes.
O Islam previne contra o adultério
Dentre os vestígios da perfeição do sistema islâmico está o seu tratamento radical aos problemas do indivíduo e da sociedade, quer seja por intermédio da educação, da ameaça, do incentivo ou do castigo.
O Islam estipula suas leis à luz de seu conhecimento profundo da natureza do homem e sua potencialidade, do conhecimento de sentimentos de benfeitoria e maldade inata nele, apresentando o que o beneficia e o que é danoso a ele, o que lhe proporciona felicidade e o que proporciona infelicidade.
Ele não os deixa a esmo. Sempre os conduz para a senda do Poderoso, Prudentíssimo. Estimula-os à prática do bem e da virtude. Admoesta-os das conseqüências de se seguir as concupiscências e trilhar a senha dos descrentes.
O Islam sabe que o adultério é um método ilegal para aliviar a potencia sexual. Acarreta a confusão de filiação, o desmoronamento das famílias e das sociedades, causa a proliferação de doenças, o excesso de vilezas e a obliterção das virtudes. Daí a admoestação contra ele, proibindo-o de fato. Disse Deus: “Evitai o adultério, porque é uma obscenidade e um péssimo exemplo!” E disse: “Aqueles que não invocam, com Deus, outra divindade, nem matam nenhum ser que Deus proíbe matar, senão legitimamente nem fornicam; quem assim proceder, receberá a sua punição: No Dia da Ressurreição ser-lhe-á duplicado e castigo; então, aviltado se eternizará.”
O Profeta Mohamad disse: “Ó muçulmano, evitai o adultério, pois ele acarreta seus aviltamentos; três neste mundo e três no outro. Os três desde mundo são: a perda do esplendor do rosto, a diminuição do período da vida, e a eternização na pobreza. Os três do outro mundo são: A ira de Deus, a péssima prestação de contas e o castigo infernal.”
E disse: “Minha comunidade permanecera sem problemas ate que se prolifere entre ela os filho ilegítimos. Se isso acontecer, Deus há de castigar todos os seus membros.”
Quando o Islam, por intermédio dos versículos alcorânicos e das tradições proféticas adverte contra o adultério, é porque conhecem o alcance dos danos que ele causa ao individuo e à sociedade.
Os malefícios do adultério quanto à saúde
É patente, medicinalmente, que o adultério é causador de inúmeras doenças e epidemias mortais, cujo perigo é cada vez maior. O Dr. John Piston diz:
“Os resultados de varias pesquisas afirmam que a maior parte das doenças venéreas são causadas pelas relações sexuais extraconjugais.”
O Dr. Claude Scott, diz:
“O problema que enfrentamos hoje é gerado pela mudança dos nossos valores morais que incentivam as relações sexuais ilícitas. Estas, por sua vez, acarretaram o aumento das doenças venérias.”
Dentre essas doenças, citamos:
A sífilis
É uma doença venéria causada por um microrganismo que tem o formato de parafuso, conhecido pelo nome de Spirochaeta Pallida. A sua proliferação se dá através de relações sexuais ilícitas (adultério). O microrganismo da sífilis atinge o corpo através de uma lesão ou de uma parte do corpo atingida onde se desenvolve. É uma das mais perigosas doenças que o homem conhece. Ela ataca o sistema nervoso, a cardiovascular, e pode ocasionar lesões espalha por todas as partes do corpo e atinge até os ossos, perfurando-os.
A bleborrágia (gonorréia)
Seu agente produtor é a Neisseria Gonorrholal. Manifesta-se por inflamação uretral com corrimento perulento, podendo acompanhar-se de vesiculite, orquite e prostatite, no homem. Na mulher, leva freqüentemente à esterilidade.
Seus sintomas são dores e queimações nas vias urinárias.
Não há necessidade de escrevermos muito sobre essas doenças, uma vez que as livrarias estão cheias de livros de medicina que versam sobre o assunto. Desejamos apenas transcrever o resultado da pesquisa de Organização Mundial da Saúde a respeito da matéria, para mostrarmos a subida vertiginosa da linha indicativa das doenças venerias entre os anos de 1950 e 1960, abrangendo 105 paises.
Região Nº. Países Nº. Países Atingidos
África 29 23
América 21 15
Leste do Mediterrâneo 12 6
Sudeste Asiático 23 13
Europa 20 19
Total 105 76
Os malefícios sociais do adultério
Os malefícios sociais e morais acusados pelo adultério superam o perigo das doenças venérias. O que pensar de ambos os problemas?
Abul A’la Maududi diz: “O adultério é o inimigo da pureza humana quanto à convivência, ao casamento, à quietude, à tranqüilidade e estabilidade. O adultério se acostuma ao prazer e às variações e isso é o inverso de que se deseja nas relações matrimoniais certas entre o homem e a mulher. Não haverá harmonia, nem acordo, nem bons tratamentos, nem confiança, nem tranqüilidade, nem sossego entre o casal, alem de o adultério fugir do casamento para escapar das responsabilidades. Isso é danoso para a sociedade que depende primeiro do indivíduo e depois da família.”
É evidente que o adulterio acarreta a existencia dos filhos bastardos que nascem sem desejo nem intenção, gerando inimizade e injustiça para com o nascido, que refletem posteriormente na civilização humana de um modo geral.
O Dr. Claude Scott diz: “Essas crianças ilegais são educadas geralmente em instituições ou por famílias estranhas e, por isso, crescem com problemas psicologicos em sua personalidade.”
O adultério cria a existência da prostituição e a de uma classe de mulheres que apresentam a mais baixa classe social na degradação, ignomínia e falta de consideração. Isto é contrário à idéia de igualdade, justiça e fraternidade humana na sociedade. Ao invés de pertencer à classe das mulheres puras, às mães castas, às donas de casa virtuosas, das educadoras honradas, são alugadas para satisfazerem as vontades de qualquer libertino, dissoluto. Ganham seu sustento, vendendo seus corpos para todo cliente, gastando sua vida nesta desonra, ao invés de desempenharem um papel benéfico na sociedade.
Os dois médicos, Butcheler e Murrill dizem:
“A proliferação das doenças venérias é o resultado das licenciosidade das relações sexuais e tudo que desintegra a família, aumenta ao concupiscência e as doenças. Os pais vão ao trabalho fora de casa, deixando as crianças e os adolescente para se cuidarem e isso, por sua vez, acarreta o enfraquecimento dos laços familiares e dos níveis morais. A percentagem de moças que praticam relações sexuais antes do casamento está subindo cada vez mais, chegando a igualar a dos moços...e isso é uma triste evolução no campo de igualdade entre os dois sexos.”
O Islam adverte contra o homossexualismo
O homossexualismo é a prática sexual entre pessoas do mesmo sexo. As estatísticas afirmam que há dezenas de milhões de homossexuais no mundo, três milhões nos Estados Unidos.
O alcorão fala sobre os homossexuais, dizendo: “Quando seu irmão, Lot, lhes disse: Não temeis (a Deus)? Sabei que sou para vós um fidedigno mensageiro. Temei, pois, a Deus e obedecei-me! Não vos exijo por isso recompensa alguma, porque minha recompensa virá do Senhor do Universo. Dentro as criaturas, achais de vos acercaredes lasciviamente dos varões, deixando de lado o que vosso Senhor criou para vós, para serem vossas esposas? Em verdade sois um povo depravado! Disseram-lhe: Se não desistires, ó Lot, contar-te-ás entre os desterrados! Asseverou-lhes: sabei que me indigna a vossa ação. Ó Senhor meu, livra-me, juntamente com toda minha família, de quanto praticam. E o livramos com toda sua família, exceto uma anciã, que foi deixada atrás. Então, destruímos os demais, e desencadeamos sobre eles um impetuoso torvelinho; e que péssimo foi o torvelinho para os admoestados!”
O homossexualismo e uma perversão antinatural, deplorável, que agride a hombridade, a masculinidade e a honra.
É uma degeneração terrível das leis da natureza e seus status. Não é de se estranhar, depois disso, a posição do Islam quanto a esta pratica deplorável. Ele primeiro adverte sobre o castigo divino ao povo de Lot! “E quando se cumpriu o Nosso desígnio, reviramos a cidade nefasta e desencadeamos sobre ela uma ininterrupta chuva de pedras de argila endurecida.” O meu maior temor é que minha comunidade pratique o homossexualismo por três vezes. E disse: “A maldição de Deus recairá sobre quatro tipos de pessoas: Os efeminados, as masculinizadas, os que tem relações com animais e homossexuais.”
Explicações e interpretações
Muitos cientistas e historiadores crêem que o homossexualismo não era conhecido antes dos sodomitas, e que por causa de suas práticas deploráveis, suas mulheres recorreram à prática de lesbianismo para aplacar os seus desejos.
No campo da ciência moderna quanto às tendências homossexuais, os cientistas apresentaram vários pontos de vista, o principal deles é que a masculinidade e a feminilidade perfeitas são considerações mentais, sem existência real. Que as pesquisas cientificas afirmam que há uma proporção masculina nas mulheres e uma proporção feminina nos homens e que essas proporções e seu aumento em qualquer um dos dois lados são causas naturais de anomalia.
A verdade é que a anomalia, mesmo que tenha justificativas genéticas, tem como principais as causas psicológicas e educacionais.
Mesmo que o instinto do homem seja propenso, originariamente, às duas situações: retitude e anomalia, è a educação que desempenha um importante papel na determinação da natureza de sua conduta.
O desvio educacional, a falta do sentimento religioso e a imoralidade preparam o ambiente e o clima propício para as anomalias.
A ociosidade, a diversão, a atenuação das posições dos códigos positivos quanto aos micróbios da imoralidade e ao sexo, são as principais causas ocultas do aparecimento das anomalias sexuais.
Se, de uma lado, aceitarmos a veracidade do ponto de vista cientifico quanto à tendência sexual, qual é a explicação cientifica para os inúmeros tipos de outras anomalias, como ter relação com animais, o lesbianismo, a afinidade pelas coisas, o sadismo e outras?
Não temos explicação nenhuma para essas anomalias a não ser que são geradas por psiques, imaginações, costumes doentios, degenerativos, enfermos. Numa sociedade sã é inconcebível a existência de tais atentados, e se existem é em proporção muito pequena e limitada e não permanecem por muito tempo.
A colheita da má interpretação da natureza do papel do sexo e a consideração do prazer por ela gerado são a base, qualquer que seja o método ou o meio.
A masturbação
A masturbação é o alivio da potencia sexual através de exitação dos órgãos sexuais. Recorrem a essa pratica os adolescentes, masculinos e femininos, no inicio de seu amadurecimento sexual, quando não há uma sã educação e orientação.
Os especialistas estimam que o numero dos praticantes da masturbação é muito grande, principalmente entre os jovens entre os treze e quinze anos, enquanto ele decresce após essa idade, por considerações e motivos vários.
Se alguns especialistas e médicos não vêm nenhum mal na pratica da masturbação, um outro grupo diz que ela causa muitos problemas de saúde. Alguns afirmam como fraqueza física e mental, acne, deficiência visual, arqueamento dos ombros, emagrecimento, impotência, a paralização do desenvolvimento físico, etc.
Deve-se chamar a atenção de que a masturbação não esta mais restrita aos jovens que não possuem um meio natural de alivio sexual, mas tornou-se uma espécie de anamalia, praticada pelos depravados, perniciosos, alucinados sexuais, pequenos e grandes, masculinos e femininos, individual e coletivamente, oculta ou manifestamente.
Daí, não pode ser tratada como fenômeno de auto incitamento, como tentam fazer alguns especialistas, médicos e jurisprudentes, a exemplo de escola de Ibn Hanbal que considera o sêmen como uma secreção do corpo que é permitido fazê-la sair, apesar de sua pratica estar condicionada a duas situações: o receio de se cometer adultério e a incapacidade de se casar.
Se aceitarmos que a masturbação é uma situação natural que o homem passa, numa fase especifica de sua vida, não podemos considerá-la como tal quando a sua prática torna-se um vício ou quando é considerada como variação.
A eliminação das causas das perversões e das anomalias pela base é o melhor método de educação. A mudança de visão sempre para o método natural para o alivio sexual elimina o pensamento nas coisas contrárias. É a opinião da maioria dos especialistas e jurisprudentes, que consideram todo meio ou relação sexual, fora do casamento, ilícito. Baseiam-se nas seguintes palavras de Deus: “Aquele que observam a castidade, exceto para com suas esposas ou cativas; nisso não serão reprovados. Mas aqueles que se excederem nisso serão os transgressores.”
O encarregamento da sociedade pela sã educação e orientação; a sanidade da vida do individuo de todo tipo de coisas que excitam seus instintos; a organização do tempo e das potencialidades que retribuem o individuo e a sociedade com benefícios; tudo isso tem como objetivo a quebra do fio da degeneração e da anomalia na vida real, principalmente se for acompanhado por incentivos reais ao casamento, com o oferecimento de facilidades necessárias para a sua realização.
A Dra. Mary Wood Allen, em seu livro: “O Que Toda Jovem Deve Saber”, diz:
“primeiro, deve modificar a sua tendência mental em tudo que diz respeito ao sexo; deve considerá-lo sagrado e desempenha o mais alto papel físico, ou seja o da procriação; deve saber que esse papel, quando é dominado pela mente, passa a ser uma fonte de força do individuo. Devemos purificar as nossas mentes de toda espécie de maldade e enchê-las de pensamentos ouros e levarmos uma vida de retidão. Fazei para vós próprias o verdadeiro bem e determinai o objetivo que pretendeis no início de cada trabalho, e sede sempre senhoras de vossos sentimentos e não escravas deles”.
A PUNIÇÃO NO ISLAM, UM MEIO DE EDUCAÇÃO E EDIFICAÇÃO
A punição no sistema islâmico é um dos meios, utilizados pelo Islam para salvaguardar a sociedade das calamidades da transgressão e da perversão, para educar e amedrontar o autor do crime quanto à sua prática, punindo o criminoso e coibindo o crime.
O Islam, como já citamos, estipula leis, regras, procedimentos preventivos, radicais e educacionais, que se coadunam com a natureza de todas as pessoas, para salvaguardar a sociedade e o individuo dos vários crimes e dos atentados criminosos.
Para algumas pessoas é suficientes o conselho e a admoestação; para outros, são necessárias repressões e censuras; para outros ainda, são necessários castigos restritivos e punições repressivas.
O castigo é uma prevenção contra o ato que gera restrição, ou seja, ter ciência do castigo, veda a prática do ato, e sua aplicação veda a reincidência.
Almawdudi diz:
“Os limites são restrições que Deus estipulou para evitar a prática do ilícito e instituir a prática do licito, devido ao prevalecimento natural do domínio dos desejos que desviam a atenção do individuo sobre as ameaças da outra vida, com o prazer imediato. Deus estipulou o que restringe a ignorância, prevenindo contra a punição e amedrontando contra o escândalo, para que o que Ele proibiu seja ilícito e o que liberou seja lícito, sendo mais vantajoso e mais completo”.
A natureza das punições islâmicas e sua adaptação ao tipo de crime a ele estipulada têm uma importância extraordinária na ocorrência de traços psíquicos para prevenir contra a prática do crime.
O Islam, ao estabelecer o tipo de punição, se preocupa com a proteção da moral. Essa preocupação gera uma base quando é estabelecida. Esta é a base de divergência no ponto de vista do Islam e de todos os códigos regulares quanto ao crime. Estes códigos negligenciam os problemas morais quase por completo. Eles não punem o adultério, por exemplo, a não ser por estupro, com o sentido de que a fornicação, na ótica dos códigos regulares, não é um crime em si, mas está no estupro ou na cobrança por ele. Se acontecer com a anuência de ambas as partes, e sem remuneração, não há mal nele. Esses mesmos códigos não punem que ingere bebida alcoólica ou bebedeira em si. Eles punem o ébrio quando sai, para a rua, completamente bêbado, pondo as outras pessoas em perigo.
O professor Abdel Kader Auda diz:
“O problema da negligencia das leis regulares quanto à moral é que essas leis não se baseiam na religião, mas nos fatos, nos costumes e nas tradições. As regras legislaticas seculares são instituídas com pessoas em destaque na sociedade, juntamente com os governantes, tendo a influencia de suas aspirações, suas fraquezas humanas e suas propensões naturais para se livrar das correntes. . .A mesmo tempo, essas leis estão sujeitas a mudanças e substituições, de acordo com as tendências dos governantes de cada grupo. Era natural que as leis seculares negligenciassem os problemas morais paulatinamente, chegando o tempo da permissividade ser a regra geral e os valores morais a excessão. Parece que o países que adotam as leis seculares já alcançaram esse estagio.”
A PERMESCIVIDADE SEXUAL E SUA INFLUENCIA SOBRE AS SOCIEDADES HUMANAS
Todo aquele que estuda as situações dos povos e nações, no desenrolar da historia, procurando as causas do seu enfraquecimento, de sua queda e desintegração, as causas da derrota, verifica que as degradações morais e a anarquia sexual fazem pasrte dessas causas.
Ficou patente que a transgressão sexual, em qualquer sociedade, é o principal agente de destruição que nela existe.
O sexo malversa a fortuna nacional
A proliferação da licenciosidade, da depravação e do erotismo na sociedade é acompanhada de forma espontânea pela dissiminação da luxúria, do desperdício, da vida luxuosa e o gasto desmedido das fortunas e das riquezas, punindo as pessoas com os piores castigos. Assim, os povos e as nações perdem potencialidades e meios que poderiam ser aproveitados em setores benéficos, como a industria, a agricultura, a construção civil e campos similares que lhes garantem a promoção, o desenvolvimento e o conforto.
Dezenas de milhões de células de todos os tipos são gastas diariamente com o sexo e com tudo que se relaciona com ele de perto ou de longe. É suficiente apresentarmos um exemplo de desperdícios que alguns indivíduos e sociedades fazem no âmbito de excitante revolução sexual, que a humanidade testemunha hoje, para concluirmos os resultados indubitáveis e o final trágico que aguarda essas pessoas, cedo ou tarde.
Diz Cafarlquis, o homem que redigiu o acordo de casamento de Onassis, o rei do petróleo grego, com Jaqueline Kennedy, em seu livro, onde revela segredos e escândalos degradantes: “ Jaqueline não consegue ser como as outras esposas, ou seja, pedir ao marido dinheiro para ir às compras. Ela estipulou um artigo no acordo que determinava uma mesada de 270mil dólares, só para as compras de artigos de beleza, calçados, meias e roupas e para salões de beleza. Em dia ela foi ate a Rua da Ópera e não saiu de lá antes de gastar 50 mil dólares aproximadamente, na compra de roupas exteriores e intimas, artigos de beleza e perucas.”
O sexo arruína a saúde geral
Se a anarquia sexual atinge os povos e as nações em suas fortunas e bens, ela ao mesmo tempo atinge os indivíduos e as sociedades com doenças e males, o que reflete de pior forma possível na saúde geral.
O Dr. Liried, um médico francês, diz: “Morrem na França trinta mil pessoas vitimas de doenças venérias todo ano.”
Nos Estados Unidos morrem cerca de 40 mil crianças, vitimas de doenças venérias herdadas todo ano.
O sexo destrói os laços sociais
A permissividade e a anarquia sexual destroem a família, desintegram a sociedade e trituram os laços de parentesco.
A família, como é evidentemente sabido, é o pilar da sociedade e uma de suas principais bases. Ela é o lar da estabilidade e da tranqüilidade; é a fonte da organização das relações, tendências e comportamentos. É o oásis inato e o âmbito natural para a educação da nova geração de uma forma equilibrada, sã sem complicações nem desvios. Quando as pessoas se afastam do casamento e costumam aliviar suas potencialidades sexuais, utilizando outros meios, que arruínam em seguida a organização familiar, a sociedade perde um de seus principais pilares, numa época em que sobra toda espécie de transgressões e perversões, como é visto hoje particularmente nas sociedades ocidentais.
O sexo destrói a moral da humanidade
Dentre as manifestações das destruições das sociedades liberais, está o desmoronamento da moral e das virtudes humanas, o aparecimento das propensões animais, como o egoísmo, o utilitarismo, a rebeldia, a desatenção, etc.
Os vestígios dessa destruição aparecem, de uma modo particular, nas sociedades euro-americanas, onde se espalham as manifestações do existencialismo, da revolta, de libertação das responsabilidades sociais, ignorando-se todas as tradições, valores e regras.
Milhões de jovens vivem hoje como um fardo sobre suas sociedades e países, não assumindo qualquer responsabilidade. Vivem praticando assaltos, assassinatos, consumindo droga e praticando sexo. Vivem como fantasmas ou semi-fantasmas, como animais ou menos do que isso.
Conclusão
Quando uma nação é assolada por tais calamidades devido à sua licenciosidade... Quando seus bens são desperdiçados, sua moral é destruída, seus laços são quebrados... Quando é atingida por doenças, ela, então, perde o vigor de sua existência, a razão de sua permanência, condenando-se ao desaparecimento.
A historia humana atesta essa verdade, no passado no presente; no passado quando descobre as causas da queda do império; no presente quando verifica as causas da derrota dos exércitos e dos países.
O escrito francês, André Moroie, em seu livro, “As Causas da Derrota da França na Segunda Guerra Mundial”, diz: “As mais importantes causas da derrota francesa foram a dissolução do povo francês, resultado da proliferação das obscenidades entre seus membros.” Foi isso o que obrigou o General D’Gaulle, quando assumiu o poder, a ordenar ao chefe de policia de Paris: “Fecha todas as casas noturnas e os ninhos de prostituição da capital.”
Os árabes só chegaram à sua situação atual, enfraquecidos e humilhados e só foram derrotados tantas vezes por causa de sua transgressão as suas crenças, do predominioo do ateísmo e do pensamento materialista sobre suas cidas, pelo excesso do descaramento e das vilezas em suas sociedades. Muitos documentos dos bastidores atestam que as causas das derrotas seguidas dos árabes perante Israel, em particular a derrota de 1967, quando foi destruída a força aérea egípcia, perdeu-se o Golan, e o Sinai e o lado ocidental de Jerusalém foram ocupados, foram as citadas acima.
Por isso, é premente que o Islam se apegue fortemente, preparando-se adequadamente, na proteção das pessoas contra os agentes de derrota, ressuscitando a própria confiança, elevando a moral em suas fileiras, sanando suas vidas particulares e coletivas de todo desvio e rebeldia.
O Islam sabe que a rebeldia é um titulo, que a vileza é a causadora do desprezo e a humilhação; que a gloria só pode ser alcançada com obediência, pureza e virtuosidade.
Se dermos uma rápida olhada para a historia islâmica, para as causas que proporcionaram aos exércitos islâmicos derrotar os impérios Romano e Persa e a conquistar mais da metade do mundo em menos de um quarto de século, verificamos o alcance da preocupação do Islam com a moral do individuo e da sociedade na guerra e na paz, a respeito da qual o profeta disse: “Fui enviado para complementar a excelência moral.”
Os livros de historia citam que quando Omar Ibn Alkhatab verificou a demora na conquista do Egito, escreveu para Amr Ibn Al-As, o comandante das forças islâmicas, dizendo: “Estou estranhando a vossa demora na conquista do Egito. Estais combatendo-os há dois anos. Isso só pode estar acontecendo por causa de vosso inimigo. Sabei qie Deus só concede vitória aos povos que têm boas intenções.”
Numa instrução à Saad Abi Waacas, Comandante das Forças Islâmicas contra a Pérsia, ele diz: “Aconselho-te e a quem te acompanha de soldados a temerdes a Deus em qualquer situação, pois o temor a Deus é a melhor arma contra o inimigo, e a melhor estratégia. Ordeno-te e a quem te acompanha de soldados a vos afastardes das rebeldias, pois os pecados dos soldados são mais perigosos do que o próprio inimigo. Sabei que Deus concede a vitória aos muçulmanos devido às transgressões de seus inimigos. Se não fosse isso, não conseguiríamos derrotá-los, porque somos em menor numero, e temos menos armas de que eles. Se empatarmos com eles nas transgressões, eles nos sobrepujarão em força, e se não os sobrepujarmos em virtudes não o faremos com nossas forças. Sabei que há guardiões de Deus que vos observam e sabem o que fazeis. Não cometeis transgressões enquanto estiverdes a lutar pela causa de Deus. Não dizeis que o inimigo é o pior que nós e que não nos dominará, mesmo que sejam ruins, porque Deus fez os mongóis, mesmo sendo idolatras, dominarem os israelitas por causa do que cometeram de iniqüidades.”
Em seu livro “O Caminho da Vitória na Batalha de vingança”, o General Mahmoud Chitt diz: “O fato indubitável é que a pessoa atingida moral ou financeiramente não pode lutar na guerra como lutam os homens. Quanto ao atingido moralmente, é aquele que cai no precipício do vicio, da libertinagem e da devassidão, passando seus dias pensando nas prostitutas e passa as noites em sua companhia. Ele só pratica o que Deus proibiu e cobiça a mulher do próximo.
Quanto ao atingido financeiramente, é aquele que guarda os bens ilícitos, provenientes de suborno, de golpes, negociatas e de qualquer outro meio ilegal. Este principio é o resultado de minha experiência nas guerras e de meus estudos à história das conquistas islâmicas e das determinações dos famosos comandantes antigos e modernos. É p mesmo determinado por Abu Bakr Assidik quando disse? Toda vez que um povo abandona a luta pela causa de Deus, Ele o fará experimentar a humilhação; toda vez que o adultério proliferar num povo, Deus o fará experimentar a aflição."
A MULHER E A SUA FUNÇÃO NA VIDA
A matéria sobre o sexo nos capítulos anteriores nos conduz a falarmos sobre a mulher e a sua verdadeira função na vida, sobre sua função natural neste mundo; ao mesmo tempo, nos conduz a falarmos sobre o alcance do tratamento impróprio que a civilização ocidental dispensa à mulher, de sua exploração a ela, sobre a negligencia de sua função, tornando-a um aparelho de perversão e excitamento, e um meio de promoção e sedução.
A mulher na civilização ocidental
Determinou-se nesta época que a mulher fosse sinônimo de sexo, simbolizando-o, excitando e seduzindo. Foi designada para ser alvo dos olhares vorazes, das almas putrefatas, sedentas. Isto fez com que as sociedades ocidentais se gradeassem na produção de todo tipo de atrativos que precipitem a mulher no incitamento, na sedução, e instigação, etc.
Foi estipulado que a mulher fosse o elemento principal nas propagandas comercias, atraindo as pessoas ao consumismo para os restaurantes, hotéis, bares, aproveitando a sua feminilidade da pior forma possível, anulando a sua função natural na vida, tornado-a um prazer ou um semi-prazer.
A liberação artificial da mulher no mundo ocidental, libertou’a até de suas obrigações como esposa, como mãe, como educadora das novas gerações a produtora de homens.
Essa civilização artificial fez com que a mulher assumisse qualquer tipo de trabalho, na indústria, na agricultura, na arte, no comércio, e nos outros setores que não se coadunam com a sua compilação e força física e psicológica. Tudo isso a dano de sua responsabilidade principal no campo matrimonial.
A grande calamidade que pode cair sobre o mundo islâmico é o fato de suas mulheres desejarem percorrer o mesmo caminho percorrido pela mulher ocidental, seguindo-lhe os passos e o exemplo, fascinadas com as luzes e deslumbradas pelos adornos e perfumes, enlouquecidas pelas roupas escandalosas.
Se a mulher muçulmana soubesse da verdade, examinando a situação da mulher ocidental sem as luzes e sem retoques; verificando a sua situação psicológica, descobreria a infelicidade dessa mulher e não invejaria a sua situação.
A mulher muçulmana deveria ler e examinas o que sábios, cientistas e médicos ocidentais escrevem sobre os problemas criados pela civilização ocidental e os danos que está causando na vida das pessoas lá!!!
Num congresso medico realizado na Alemanha, o Professor Dr. Klein, chefe dos médicos de um hospital governamental alemão, disse:
“Há um grande número de mulheres da nossa sociedade que são infelizes. A causa disso são as necessidades que são infelizes. A causa disso são as necessidades físicas e espirituais cada vez maiores. Por isso, declaro que é dever do Conselho Municipal que olhe para essa calamidade que assola muitas das nossas mulheres produtoras, de uma forma séria. Esse perigo ameaça muitos de nós, porque isso significa um grande desmoronamento, e uma perda irreparável para milhões de pessoas”.
O Sociólogo J. S. Yolack, examinando a crise ocidental e o que ela causou de infelicidade no individuo e na sociedade, diz:
“Observamos há muitos anos que a nossa época perde paulatinamente o calor da vida, expulsando esse calor e a tranqüilidade do coração humano. A vida do individuo desconhece os compromissos e os deveres sociais de outrora. Ele não possui mais os mesmo sentimentos que nutria pelo seu vizinho. Ao mesmo tempo, os laços familiares já não são como eram antigamente, perdendo muito de seus valores. Somos, na realidade, meios para a mecânica que transformou todos os laços sociais e familiares. Pagamos, infelizmente, um preço caro pelo que o desenvolvimento tecnológico nos fornece de aparelhos. . . Arcamos com uma perda irreparável na nossa matéria espiritual sem percebermos”.
Se a mulher, no oriente islâmico, visse os relatórios que as autoridades ocidentais fazem a respeito dos casos de suicídio sempre crescente entre as mulheres devido à perturbação, a infelicidade e o desespero em que vivem! Um desses relatórios afirma que houve mais de cinco mil casos de suicídios na Inglaterra durante um só ano.
É suficiente às nossas mulheres, fascinadas pelas luzes, que leiem a carta deixada por Marlyn Monroe quando do seu suicídio, e encontrada pelas autoridades de investigação do caso, guardada num cofre do Manhatan Bank de Nova York, que derrama um pouco de luz sobre as causas que levaram essa mulher, no auge de seu sucesso, a se suicidar. Ela diz:
“ Tenha cuidado com o sucesso. Tenha cuidado com o fascínio das luzes. Sou a mais infeliz mulher da terra. Não consigo ser mãe. Eu preferia ser dona de casa, tendo uma vida familiar digna, pois a vida familiar é o símbolo da felicidade da mulher, quiçá da humanidade. Fui injustiçada pelas pessoas. O trabalho no cinema torna a mulher uma mercadoria muito barata, por mais sucesso que ela faça.”
Os muitos estudos sobre a crise da civilização ocidental e o que causou de danos às sociedades humanas, de infelicidade, infortúnio e desventura, e o dano causado à mulher, em particular, de humilhação e perdição é mais que suficiente para afirmar que essa civilização está no fim, e que temos esperança que surgirá uma civilização humana, espiritual, moral, que garante a dignidade e a castidade da mulher, afiançando-lhe a sua sublime função na vida.
A mulher na civilização islâmica
Em oposição à artificial de depravação em que a civilização ocidental colocou a mulher... Em oposição à exploração barata que ela está sujeita, aparece a mulher mulçumana, ocupando a sua posição original na vida... onde é-lhe garantida a sua dignidade, a posição que a capacita de desempenhar seu grande papel na educação das gerações.
O Islam quer que a mulher fique no ambiente matrimonial, convivendo em harmonia com o marido, proporcionando felicidade e tranqüilidade para o seu lar e sua família. Quer que ela fique no ambiente materno, a mãe carinhosa, educadora, inteligente, transformando suas crianças em lideres do futuro e heróis de amanhã. O Islam a quer num ambiente social, representante dos líderes da reforma, e incentivadora para a prática do bem... Ele a quer como orientadora, disciplinadora e professora.
A função da mulher no Islam, está no mesmo nível da função do homem; da mesma forma, é a sua responsabilidade perante a lei e isso é testemunhado pela historia, geração após outra.
A mulher mulçumana desempenhou um importante papel ao lado do homem na construção da sociedade e da civilização islâmica. Ela participou com ele, empunhando a bandeira do Islam, estudando, ensinando, se especializando na lei e legislando. Ela participou com ele, suportando as vicissitudes e as perseguições, lutando pela causa de Deus. Ela foi testada e foi paciente, foi afligida e foi perseverante. Ela participou com ele dos perigos da guerra, das intensidades das batalhas, dos caminhos do Jihad e das atribulações.
A mulher não ficou confinada em sua casa como alguns pensam; ao mesmo tempo, não era largada ao seu bel prazer, sem limites nem restrições, como é o caso de hoje.
A famosa escritora Ana Rawrod, num artigo publicado no jornal Eastern Meal, diz: “Se as nossas filhas trabalhassem nas casas como empregadas, seria melhor e menos danoso do que trabalhar nas indústrias, onde a moça é manchada com nôdoas que estragam o esplendor de sua vida para sempre.
Que bom seria se nosso país fosse igual aos países mulçumanos onde há decência, castidade e pureza... Onde a empregada e o escravo desfrutam de uma vida confortável e são tratados como se fossem filhos... Onde a moral não é manchada. Sim, é uma vergonha para a Inglaterra tornar suas filhas exemplo de vilezas devido ao excesso de relacionamento com os homens. Nós deveríamos fazer o possível de criar os meios para que ela trabalhe naquilo que se coaduna com sua natureza, de cuidar do lar e deixar os trabalhos dos homens para os homens proteger a sua honra.”
John Simon, numa revista francesa, diz:
“A mulher que trabalha fora de sua casa desempenha o trabalho de um mero trabalhador, mas não desempenha o trabalho de uma mulher.”
O SISTEMA ISLÂMICO PARA A PROTEÇÃO DA SOCIEDADE DOS DESVIOS E DA DISSOLUÇÃO
O Islam difere de todas as outras tendências na sua concepção do significado moral... Por causa do método de aprofundar essa moral na existência do individuo e da sociedade... Por causa dos desvios... Por causa de sua opressão... Pela forma de enfrentar essas causas e esses métodos. Por causa das atividades e agentes responsáveis na proteção da vida contra tudo o que ameaça sua hombridade, tudo o que rebaixa seu valor moral.
O sistema islâmico, nessa sua concepção, abrange totalmente as disposições de todas as coisas; disposição do individuo e da sociedade, disposição na formação dos indivíduos, homens e mulheres, disposição da formação das sociedades. Através dessa concepção perfeita da natureza de tudo, o homem estipula as normas do comportamento social, seus controles e seus valores.
Não estamos querendo aqui discutir o ponto de vista social do Islam nem expor seu sistema social. O que nos interessa de tudo isso é extrairmos as melhores normas adotadas pelo Islam para proteger a vida social, principalmente o que diz respeito ao sexo, o tema deste livro.
As normas educacionais
O Islam se preocupa muito em proteger a sociedade e proporcionar-lhe a segurança para a formação dos indivíduos, educando-os, preparando-os para enfrentar as tentações da vida com dureza e determinação. Para alcançar esse nível de obstinação e determinação na justiça, escrúpulo e pureza, afastando-se da indignação de Deus, o Islam determina a criação de uma fiscalização pessoal no íntimo da pessoa que a proteja contra as inclinações para o mal e as tendências ao prazer. O Islam determina a elevação dos valores do bem pessoal e o seu desenvolvimento neles para auferirem imunização contra o que expõem suas vidas aos germes e as infecções sociais.
É dever da educação islâmica proporcionar a cada indivíduo, o domínio sobre a si próprio, sua autoridade sobre suas propensões e instintos, de tal forma que a sua própria vontade se negue a praticar o lícito, e as maldades, sem a observação do policial ou do chicote.
1 – A educação espiritual
Seu objetivo é atar as relações permanentes entre o homem e Deus a todo instante, garantindo a retidão da vida humana e sua sujeição ao sistema islâmico em todas as suas partes.
O sentimento do homem que Deus está próximo dele, que ouve e o vê, que computa seus bons e maus atos, que incute no seu íntimo o temor, o entusiasmo e a tranqüilidade... O temor de contrariar a Deus; o entusiasmo por sua misericórdia e aprazamento; a tranqüilidade por sua justiça e bondade. O Alcorão cita esses fatos em muitas passagens; dentre elas, há: “Viste se ele nega (a verdade) e desdenha? Ignora, acaso, que Deus o observa?” “Pensam, acaso, que não ouvimos seus colóquios nem suas confidências? Sim! Porque nossos mensageiros entre eles o registram”. “Ele é Deus tanto na terra como nos céus. Ele bem conhece tanto o que ocultais como o que o manifestais e sabe o que lucrais.”
“Criamos o homem e sabemos o que sua alma lhe confidencia, porque estamos mais perto dele do que a (sua) artéria jugular.”
Por causa da ressurreição dessa relação e para enraizar esse significado no íntimo do homem, foi que o Islam instituiu a adoração para organizar e desenvolver essa ascensão espiritual que eleva sempre o homem para o alto e o impele para o mais sublime. . . “ A oração preserva (o homem) da obscenidade e do ilícito.” “Aquele a quem a oração não preserva da obscenidade e do ilícito, distancia-se cada vez mais de Deus.”
A oração na sua evidência real é a ressurreição da energia espiritual que desperta e vivifica o coração, que o faz desempenhar seu papel orientador na vida do homem. A vida do coração e o seu despertar são a vida e o despertar da alma, a vida e o despertar da consciência. . . A morte do coração, por outro lado, é a morte da consciência, a paralisação da bondade, a eliminação da luz no fundo da alma humana. O Profeta disse: “O corpo possui um órgão, se funcionar corretamente, todo o corpo o acompanhará, e se deteriorar, todo corpo se deteriorará: É o coração.”
A educação espiritual, nos seus objetivos principais, visa a criação da moralidade muçulmana completa, onde o indivíduo domina todos os seus instintos, suas tendências e propensões.
2 – A educação ideológica
A educação ideológica no Islam visa a fixação das compreensões e dos preceitos islâmicos perante as pessoas para que sua conduta seja baseada nelas, fazendo com que o Islam se torne para eles a medida de todo assunto, o titulo de todo discurso, a solução de todo problema, e o limite de cada ordem. “Qual! Por teu Senhor, não crerão até que te tornem por juiz de suas dissenções e não objetem ao que tu tenhas sentenciado. Então, submeter-se-ão a ti espontaneamente.”
O Islam é um sistema de vida. A retidão da vida do homem reside na adoção desse sistema em todos os assuntos e situações. Por isso, conhecer esse sistema nas suas disposições era a base a condição da adoção. Por isso, o Profeta disse: “Aquele a quem Deus deseja o bem, familiariza-o com a religião.”
O comportamento do homem está ligado com a sua prudência, e gerado pela sua imaginação e conhecimento na maioria das situações. Por isso, é função da educação ideológica proporcionar ao homem o poder de discernimento entre o barato e o caro, entre o útil e o inútil, entre o bem e o mal, entre o licito e o ilícito, como é de sua função preparar a sua mente para ser a energia consciente que o orienta para o bem, familiarizando-o com ele e obrigado-o segui-lo.
Quando o homem tem o poder de discernimento, consegue orientar os seus passos e caminhar na senda reta. Deus diz: “Os sábios dentre os servos de Deus, só a ele temem”. O Profeta diz: “Aquele que seguir um caminho, visando auferir um conhecimento, Deus facilitar-lhe o caminho do Paraíso”.
A legislação islâmica abrange todos os aspectos da vida, pequenos ou grandes, detalhando sua natureza e discernindo entre suas maldades e suas bondades, facilitando a escolha para o indivíduo entre o bem e o mal. Este é o significado das palavras do Mensageiro de Deus: “O lícito é claro e o ilícito é claro”. Entre eles há assuntos ambíguos que muitas pessoas ignoram. Aquele que evitar as ambigüidades para proteger sua religião e honra, salvar-se-á. Aquele que seguir as ambigüidades cometerá pecados. É como o pastor que pastoreia seu gado próximo ao hima (terras reservadas para pastoreiro dos animais do rei e proibidas para outros animais), e com risco de seus animais invadi-las. Em verdade, todo rei tem hima e a hima de Deus é o que Ele proibiu. Certamente, há no corpo um órgão que, se estiver são, todo o corpo estará, e se se depravar, todo o corpo se depravará com ele, é o coração”.
3 – A educação física
Esta educação visa fortalecer a constituição muscular no ser humano, para desempenhar o seu papel, e orientar a potência vital que nele reside, de acordo com o círculo ideológico e espiritual estipulado pela Islam, para conservar a procriação, ter harmonia na vida do homem e para que haja um equilíbrio entre as suas razões, seus sentimentos e suas inclinações.
Uma das causas da harmonia no sistema de educação islâmica entre a imaginação e os atos do homem é que haja um valor para esses atos, valor que supera os limites dos próprios atos. . . Supera o prazer resultante dele, o valor que se equilibra e se iguala com os valores espirituais e ideológicos, quer sejam na realidade desta vida ou na balança da outra vida. Tudo isso sem diminuir o vestígio do prazer propriamente dito ou a utilidade do ato em si.
Com isso se realiza a preocupação do homem com o valor de seu corpo. . . Para a função desse corpo. . . Para a função de todos os seus órgãos. . . Então para a sua responsabilidade na conservação desses valores e na realização da função de seus órgãos. Este é o segredo das palavras do Profeta: “Tuas responsabilidades para com teu corpo”, e as palavras na tradição sagrada, que diz: “ Que meu servo se aproxime de Mim com as obras voluntárias até Eu amá-lo; se Eu amá-lo, serei sua audição com a qual ele ouve, sua visão com a qual ele vê, suas mãos com as quais ele age e seus pés com os quais ele caminha”.
Fiquei admirado com as declarações do professor Mohamad Qutb a respeito desse assunto, em seu livro: “O Sistema de Educação Islâmica”, onde diz:
“Quando uma pessoa diz a si própria: Sinto duas profundezas do meu ser uma atração pelo outro sexo, uma forte tendência de encontrar algum de seus membros, e misturar-me com ela, compartilhar meus segredos com ela, unir-me totalmente com ela como se fôssemos uma só pessoa, e não duas pessoas separadas”.
Esse sentimento não é nem vergonhoso nem é indecente. É a natureza com que Deus criou o homem. Todos os homens e mulheres têm esse sentimento e essa atração. É necessário que sintam isso para realizarem o objetivo da vida e conservarem a perpetuação da espécie sobre a terra. A constituição física aponta essa função. Toda sua função fisiológica, biológica e química são preparados para desempenhar perfeitamente sua função para reproduzir novas gerações, um evento que só se realiza com a união de ambos os sexos.
Quando sinto tal tendência, sigo a disposição natural em sua orientação sã.
Isso não significa que os pensamentos sobre sexo são a minha única atividade e minha preocupação principal. A vida não é somente sexo, nem esta restrita a um só objetivo. Tenho outras responsabilidades para comigo mesmo e para com as pessoas. Deve aprender, deve produzir, devo estudar os problemas da sociedade: Se ela está no caminho certo ou está desviada do caminho, e qual é a causa e seu desvio. Devo desempenhar o meu papel de corrigi-la, e o melhor meio para isso é o exemplo. É necessário que eu seja um belo exemplo, senão não teria valor tudo o que digo. Quando digo às pessoas que elas são depravadas pelo seu envolvimento com os desejos, deve eu ser o exemplo do não envolvimento com eles.
Isso também não significa que devo raptar uma moça para satisfazer o meu apetite sexual, pois tal garota não me pertence. Não sou seu dono para que possa usá-la como quero. Ela tem sua honra igual à minha, a qual não devo macular. Por isso, devo proteger a honra dessa moça. Eu gostaria, quando tivesse esposa, que ela fosse totalmente pura, com seu corpo e espírito. Portanto, devo conservar essa moça pura para o seu marido, a exemplo de como eu gostaria de ter a minha esposa.
Mesmo que ela aceite que eu tenha relações com ela, ou que me ofereça tal coisa, não importa. Ela não me é lícita. O caso dela seria como o do segurança que convoca as pessoas a roubarem, porque ele, na realidade, não é proprietário do dinheiro. E essa moça que protege sua honra não tem o direito de utilizá-la ou de convidar as pessoas para violá-la. Porque a honra não é só dela, é de seus pais, de sua família, sua sociedade, de toda a humanidade. É a honra confiada a ela por Deus e é necessário que lho devolva íntegra como foi recebida, a não ser licitamente, de acordo com a legislação de Deus.
Isso não significa, também, que a figura do sexo na minha mente, é a do corpo cúpido, pois não sou apenas corpo, nem em nenhum instante de minha vida, serei apenar corpo sem razão, ou espírito. A todo o momento sou corpo, mente e espírito. Meus sentimentos quanto ao sexo são parte de mim, parte de toda a minha existência. Portanto, devo seguir a tendência natural para a formação da humanidade. Que meus sentimentos sexuais abranjam totalmente a minha existência, que sejam um desejo físico, uma palpitação do coração, uma sensibilidade da alma. Que seja um sentimentalismo, e alem de ser desejo, ser amor, piedade, sentimento, compreensão, união espiritual, encontro que eleva a existência à sublimação. Isso não se consegue com o ato sexual secreto, ou a apropriação indébita do mesmo. Em algum instante, talvez parece-me que este ato sub-reptício realiza a minha existência, e me eleva, na minha imaginação, até onde desejo. Mas são os sentimentos do desejo que me fazem ver tal coisa. Se analizasse a questão em outra hora chegaria a verdade. Ou, se analizasse o ato de outra pessoa, que opinião teria? Aceitaria sua declaração que é um ato puro e sublime? Aceitaria, acaso, que acontecesse com a minha família?
Não! O significado dos meus sentimentos sexuais não são nada disso. Sinto, sim o desejo natural e correspondo de uma maneira humana, à mesma maneira do homem que tem controle sobre seus atos e escolhe o seu caminho. Não é à maneira animal que não tem nenhum controle e nem escolhe o meio nem conhece nada além do que lhe dita sua fisiologia, biologia e química, porque é corpo sem cérebro, e desejo sem espírito.
Sinto uma forte atração por uma determinada pessoa cuja beleza, comportamento e atitudes me fascinam; cujo caráter me encanta e sinto-me bem com ela. Sinto uma mensagem que me diz que ela completa, é a parte que completa a minha existência e que essa atração movimenta o meu ego seriamente. Não é o preenchimento de uma lacuna nem uma ilusão. Desejo-a, sem duvida nenhuma. Organizei, na minha imaginação, minha vida com esta mola. Devo, então, passar para a fase da execução. Devo pedir permissão ao responsável; devo pedir, de coração, permissão a Deus. Devo pedir-Lhe que me ajude a ser bem-sucedido e consiga realizar os meus anelos. Então, devo dirigir-me à sua família e pedir a sua mão e entender-me com ela a respeito. Que minha atitude seja digna para que possa cativá-lo como ela me cativou, e causar-lhe admiração como ela me causou. Que eu seja homem para que ela sinta confiança em mim e fiquei tranqüila.
Ou, se no presente não possuo meios para tal, devo aguardar até que Deus facilite as coisas. Enquanto isso,devo trabalhar sério para alcançar o meu objetivo e dedicar-me também aos objetivos da outra vida.
Se casar-me, agora ou no futuro, com essa moça que me atraiu e eu a atraí, estaremos numa situação de felicidade completa que Deus permitiu. . .permitiu-a, sem restrições! “É certo que prosperarão os crentes. Que são humildes em suas orações. Que desdenham a vanidade. Que são ativos em cumprir o Zakat. Que observam a castidade. Exceto para com suas esposas ou cativas – nisso não serão reprovados”. “ Vossas mulher são vossas semeaduras. Desfrutai, pois, de vossa semeadura como voz apraz”.
Estamos numa situação de nos tornarmos um só corpo, uma só alma. Sinto com ela uma combinação perfeita, que cada um de nós não sabe aonde começa um e termina o outro. Somos uma só existência de partes misturadas. Sinto-me com a consciência tranqüila, porque a encontro com o coração limpo e a alma pura. Sinto prazer com ela da mesma forma que ela sente comigo. Porém, em nenhum instante sentimos apenas prazer físico. Existe sempre o sentimento do coração e a união espiritual. Meu relacionamento com ela abrange sempre uma área maior do que a área do sentimento, mesmo no instante do encontro sentimental. Com isso, conservo a minha felicidade e alivio o meu sistema nervoso.
Essa é a questão do sexo para o Islam, nem repressão nem desaprovação, nem depravação, mas uma felicidade completa em todos os sentidos da felicidade natural do sentimento íntimo, acrescentada de cores de felicidade ignorada pelo animal e só conhecida pelo homem.”
As regras da prevenção
Afastar-se dos excitantes
O Islam proibe qualquer tipo de incitamento que visa a proliferação dos instintos e das depravações. Tudo isso, para que o homem viva numa sociedade pura, sem vestígio das pressões exteriores em seus nervos, uma sociedade que auxilia o homem a trilhar o caminho natural; auxilia-o e o não luta contra ele.
Por isso, a posição do Islam é patente quanto aos agentes da imoralidade na sociedade. A sua base para isso é: “Tudo que leva ao pecado é proibido”.
Disse Deus: “Sabei que aqueles que se comprazem em que a obscenidade se difunda entre os crentes, sofrerão um doloroso castigo neste mundo e no outro; Deus sabe e vós ignorais”.
Abi Huraira narra: “O Profeta amaldiçoou o homem que usa as roupas de mulher e à mulher que usa roupas de homem”.
Ibn Massud narra: “ Deus amaldiçoou as tatuada e os tatuadores, as que raspam as sobrancelhas, as que deformam a beleza da criação de Deus.”
A proibição da mistura dos dois sexos
Na verdade, a mistura dos dois sexos foi o primeiro passo da jornada que levou à situação atual das sociedades ocidentais de imoralidade e escândalo.
Por isso, o Islam é rígido em proibir a mistura entre homens e mulheres, ciente de que essa separação não prejudicou a formação de uma civilização que superou a todas as outras civilizações, onde a mulher desempenhou um papel preponderante.
Diz o Mensageiro de Deus: “Toda vez que um homem e uma mulher ficarem sozinho, o demônio estará entre eles.” E disse: “ Evitai de adentrardes nos compartimentos das mulheres”.
O recato do olhar
Para proteger o homem daquilo que instiga os instintos e as propensões, o Islam ordenou o recato do olhar e o afastamento das imoralidades.
O olhar instiga o apetite sexual; é a janela através da qual passam os agentes das tendências e desejos. Deus, Altíssimo, fez da visão o espelho do coração. Se o ser recatar o olhar, o coração recatará seu apetite sexual. O Profeta Mohamad (Que a paz e a misericórdia de Deus estejam com ele) disse: “Os pecados fazem inclinar os corações. Todo olhar tem um quê do demônio”. E diz: “Todo aquele que olhar as belas feições de uma mulher e então recatar o seu olhar, Deus lhe proporcionará algo lícito que satisfará seu coração”.
O olhar é uma seta envenenada, se não mata, fere. É como a faísca e a lenha, se não queimá-la totalmente, queima-la-á parcialmente. O Profeta Mohamad disse: “O olhar é uma seta envenenada das setas de Satanás. Quem o evitar temendo a Deus, Ele lhe proporcionará algo que lhe alegrará o coração”.
Em outra tradição, o Profeta diz: “Ó Áli, não segues o olhar, pois com ele conseguirás a vida terrena e perderás a vida futura”.
Antigamente se dizia:
Todas as coisas começam com um olhar.
E os maiores incêndios são causados por uma faísca.
Quantos olhares causaram a seus donos.
O que as setas fazem, sem arco e corda.
Enquanto o homem trocar olhares.
Com as moças, estará em perigo.
O que satisfaz o seu olhar prejudica a sua alma.
Mal vida a alegria que prejudica.
Para repelir as imoralidades de atingirem o indivíduo e a sociedade, o Islam impôs que a mulher usasse vestimentas, para cobrir o seu corpo e os seus atrativos. Deus diz: “Ó Profeta, dize a tuas mulheres que cubram com suas mantas, isso é mais conveniente para que se distingam das demais, e não sejam molestadas; e Deus é Indulgente, Misericordiosíssimo”.
Aicha narra que sua irmã, Asma, foi visitá-la, usando vestimentas transparentes. O Profeta lhe disse: “Ó Asma, quando a mulher atinge a puberdade, só lhe é permitido mostrar o rosto e mãos”.
Quão diferente da situação das mulheres de hoje, que usam roupas escandalosas, enfeites degradantes, que as mulheres crentes se envergonham de usar, até em seus quartos”
Al Maududi, em seu livro: “O véu” diz: “A interpretação psicológica total e completa apresentada pelo Islam sobre o instinto humano quanto à ocultar os atrativos não possui similar em nenhuma outra civilização no mundo. Nos países mais desenvolvidos hoje, os homens e as mulheres não se importam em mostrar qualquer parte de seus corpos. As vestimentas para eles é para enfeite e não para o recato.
Ao Islam, porém, importa o recato e não o embelezamento. Ele ordena ao homem e à mulher que cubram todas as partes de seus corpos que atraem o outro sexo. A nudez no Islam é considerada vergonhosa e sem educação.
O Islam deseja purificar o ambiente da sociedade de todas as investigações da depravação. Essas investigações têm como fonte o interior humano. Ali começam os investigadores ocultos que, na opinião do ignorante, não prejudicam em nada, mas que, na opinião do sábio, é a origem dos problemas e das doenças que eliminam as civilizações, e a moral da sociedade.
Por isso, a educação moral islâmica visa criar no intimo do homem um sentimento psicológico de vergonha, forte que o impede de julgar-se permanentemente.
CONCLUSÃO
Quando o Islam enfrenta o problema sexual, ele o faz de forma completa com que enfrenta os assuntos e problemas do individuo e da sociedade. Não o considera isoladamente. Trata-o como um elemento a ser tratado pelo islâmico abrangente...tratamento este que só consegue a cura com sua aplicação total com seus elementos e parte; a não ser que o tome na sua tonalidade, e o trate no todo...Trata uma ideologia, um sistema, uma legislação, um culto, uma moralidade.
O corpo as sociedade parece com o corpo do homem, montado intimamente, com seus membros influenciando-se mutuamente... E a saúde da sociedade é como a saúde do homem, só é conseguida com a sanidade de todos os seus órgãos.
A sociedade governada por sistemas ou códigos depravados, com seus membros sendo educados com métodos depravados, com seus órgãos de comunicação baseados em sistemas depravados, não pode ser sanada com uma parte do tratamento islâmico, necessita do tratamento completo. Ela necessita de uma operação medica em sua ideologia, crenças, legislações, moralidades e costumes.
O problema sexual é um dentre muitos problemas criados pela civilização ocidental, pelos códigos civis, pelas filosofias materialistas. Na maior parte das sociedades mundiais, não poderão ter soluções de natureza sã, se os valores nessas sociedades não forem mulçumanos, no âmbito governamental e educacional, comunicativo, e orientativo, nas mesmas proporções.
“Qual! Por Teu Senhor, não crerão até que te tomem por juízo de suas dissenções e não objetem ao que tu tenhas sentenciado. Então, submeter-se a ti espontaneamente